Autor: Procopão

Muito se sabe sobre os tipos de cerveja disponíveis no mercado, mas algumas pessoas ainda não conhecem as diferenças entre as tradicionais trigo e malte. Conheça as especificações de cada:

Malte

O malte é um dos principais ingredientes para a produção de cervejas, junto com a água, o fermento e o lúpulo. Comumente confundido com outros alimentos, o malte procede de vários cereais, como a cevada.

Antes de ser malte, o grão é um cereal, como cevada, trigo, centeio, arroz ou milho. Na maioria das cervejas artesanais são utilizados maltes de cevada e trigo, pois eles integram uma variedade enorme de receitas de cerveja e, também, possuem algumas características que oferecem aromas e sabores mais intensos. Portanto, no processo de fabricação de cervejas, os cereais passam pelo processo chamado malteação.

A malteação é um procedimento no qual o grão é umedecido e germinado. Quando os brotos surgem, são secos, torrados ou defumados. As etapas tornam o amido contido no cereal mais disponível e ativam as enzimas na casca do grão. Passado esse processo, durante a fabricação, as enzimas convertem o amido em açúcar, que é consumido pelo fermento, ou seja, as leveduras. Depois disso é produzido o álcool.

E tem mais uma curiosidade: o grau de torrefação e o tipo de malte definem as características das cervejas, como aroma, sabor, cor e sensação na boca. Por exemplo, o malte mais torrado produz cervejas de coloração mais escura, com notas de café (é o caso da Dunkel), e os menos torrados produzem cervejas claras, com notas de cereais e pão (como a Pilsen).

Trigo

As cervejas de trigo são aquelas conhecidas como Weissbier, Weizenbier ou Hefeweizen, que muitos já conhecem e apreciam. Geralmente, este tipo é a porta de entrada para os novos consumidores de cervejas artesanais. Elas são caracterizadas pelo uso do trigo nas receitas, além de possuir baixo índice de amargor e por ser refrescante.

Este tipo de cerveja, produzido principalmente com trigo (mas possui cevada), não é filtrado, garantindo um aspecto turvo. Geralmente, são encontrados resíduos de fermento no fundo da garrafa. Uma dica importante para a cerveja de trigo é consumi-la em copos próprios, os maiores, que abrigam de 500ml a 600 ml. O fermento que fica depositado no fundo da garrafa, a parte mais espessa, deve ser misturado e ingerido junto com a parte mais leve.

As Weizenbier pertencem à família Cervejeira Ale e possuem notas marcantes de cravo e banana. A melhor harmonização é com frutos do mar, peixes e pratos e petiscos apimentados.

Quem não conhece a história do amor proibido descrito pelo famoso escritor inglês William Shakespeare, que conta as desventuras de Romeu e Julieta? O romance mundialmente conhecido também dá nome a uma iguaria da culinária mineira, que tem sua origem no Brasil Colonial: a goiabada com queijo.

Não é possível apontar exatamente como e quando o prato foi criado, mas sabe-se que a goiabada e o Queijo Minas surgiram de adaptações de receitas portuguesas com ingredientes encontrados no Brasil. A goiabada é uma adaptação da marmelada, usando a goiaba no mesmo processo de fabricação do doce, com água e açúcar, até atingir um posto pastoso. O Queijo Minas segue o mesmo padrão, quando o leite de ovelha foi substituído pelo leite de vaca.

A sobremesa tipicamente mineira combina com perfeição o doce e o salgado, e muitas são as variações do prato tradicional. Há apresentações com goiabada cremosa, mousse de queijo, sorvetes, em versões flambadas ou fritas. No Procopão, você encontra uma apresentação sofisticada, de paladar único: goiabada-cascão.

Nossa versão da goiabada-cascão foi elaborada pensando em realçar o melhor dos sabores da goiabada e do queijo, além de proporcionar uma experiência culinária única. Goiabada-cascão cremosa grelhada com catupiry, acompanhada de sorvete de creme, chantilly, castanha de caju, cereja e granadina.

A combinação e o contraste de sabores, de texturas e de temperaturas produzem um resultado surpreendente e apaixonante. Experimente esta delícia e se renda ao amor de Romeu e Julieta.